O silêncio dos jornalistas brasileiros diante do top 3 da FIFA sem Neymar
A Fifa anunciou os três finalistas que concorrem ao prêmio de melhor jogador do mundo (The Best). São eles Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Robert Lewandowski. Ou seja, Neymar Jr. além de não levar o prêmio, não vai figurar nem entre os três melhores do mundo.
Lewandowski entra nesse top 3 merecidamente pela temporada fantástica que fez no Bayern de Munique, faturando inclusive a Liga dos Campeões da UEFA numa final em cima do PSG de Neymar.
Se o eterno menino Ney tivesse ganhado aquela final as chances de alcançar o posto oficial de melhor do mundo seriam potencializadas. Mas não rolou. Por isso tirar esse título do Lewa ficou quase impossível.
Beleza, até aí tudo bem. Agora o brasileiro não entrar na lista do 3 melhores desta temporada, isso sim pode ter sido injusto. Afinal, Messi e Cristiano não fizeram o bastante para credenciar seus nomes na lista.
O argentino participou até da sapatada de 8 a 2 que o Bayern aplicou no seu Barça sendo completamente nulo naquele jogo. Fez uma temporada pífia num ano bastante conturbado com o Barcelona.
Cristiano, ainda se adaptando ao seu novo clube – a Juve, também não fez um ano mágico e ficou longe de ser o CR7 que nós conhecemos.
Já Neymar foi até a final da Liga dos Campeões UEFA carregando o PSG nas costas e ganhou todas as outras competições pelo seu clube. Teve um ano realmente de destaque, principalmente se comparado com as temporadas de Messi e Ronaldo.
O que parece, é que, como muitos jornalistas vem apontando, o argentino e o português têm cadeiras cativas no prêmio. E por falar em jornalistas… Estes só falam se forem consultados sobre o assunto. Pois a popularidade do craque do PSG não anda boa com a mídia e o futebol brasileiro.
O GE ainda não deu uma palavra e deve no máximo fazer uma matéria no Esporte Espetacular para tapar buraco e não dizerem que não tocaram no assunto.
Já o UOL teve que consultar publicamente seus jornalistas para darem suas opiniões sobre a ausência do brasileiro. Você vai ver lá que a maioria concorda que o brasileiro deveria estar na lista.
O silêncio dos jornalistas brasileiros diante do top 3 da FIFA sem Neymar reflete o momento do atacante no Brasil: todo mundo sabe que o cara é bom e arrebentou nessa temporada, mas ninguém quer dar corda para que ele infle ainda mais o seu ego, que já é maior que o estádio do Maracanã.
É por isso que você não vai ver matérias questionando a ausência do craque na lista. Ninguém quer defender um cara que, por vezes, atacou essa mesma mídia e até mesmo provocou a demissão de jornalistas. É como aquela velha frase: “assim fica difícil defender”.
Agora, se atendo aos fatos, Neymar jogou muito esse ano e deveria estar nesse top 3. A ausência na premiação também mostra que além dos jornalistas e a mídia especializada, os técnicos e jogadores de seleções (que tem bastante peso na votação) também não gostam do craque e deixaram o coração se sobrepor a razão na hora de votar.
Fica o recado para ele. Para conquistar o posto de melhor do mundo jogando desse jeito, atacando dentro e fora de campo, vai ter que jogar muito mais. Muito mais mesmo!